Socialite que cometeu racismo contra filha de Bruno Gagliasso é condenada a prisão em regime fechado

A socialite Day McCarthy foi condenada a 8 anos, 9 meses e 13 dias de reclusão em regime fechado após cometer racismo contra a filha do casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, Chissomo. A condenação é a maior da história da Justiça brasileira para os crimes de injúria racial e racismo. 


A decisão foi proferida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro na última quarta-feira (21). O casal de artistas utilizou suas redes sociais, nesta sexta-feira (23), para celebrar a decisão. “Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população nega que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde”, começou a publicação. 


O casal entrou com uma denúncia contra a socialite em maio de 2021, quatro anos após o caso ocorrer. Em 2017, Day McCarthy utilizou suas redes sociais para proferir ofensas racistas contra Chissomo, a Titi, que na época tinha 4 anos. O comentário causou revolta na internet e a socialite chegou a ter sua conta removida na plataforma. 


“O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado”, descreveu o casal, em carta aberta. Segundo comunicado publicado por Gagliasso, a decisão ainda cabe recurso porém “pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução”. “Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”, concluiu. 

CONFIRA NO INSTAGRAN: Bruno Gagliasso, comunica a vitoria em suas redes socias com este, seguinte texto. ( Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde.

Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?

Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.

Essa á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade.

Seguimos confiantes na atuação consistente do judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos – enaltecemos também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro pela atuação firme e combativa. E somos gratos à advogada @julianasouzaoris e sua equipe que nunca nos deixou esmorecer.

Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar.

Bruno e Giovanna )

Em maio deste ano, Bruno Gagliasso esteve presente em uma audiência de Instrução de Julgamento contra a socialite. Segundo o colunista Valmir Moratelli, da revista Veja, o juiz ainda não expediu mandado de prisão. Day McCarthy não está no país. A mulher também é conhecida por ter ofendido a filha de Ticiane Pinheiro e Roberto Justus, Rafaella Justus, a comparando com o boneco Chucky, da franquia “Brinquedo Assassino”.

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